SC enfim reagiu, mas nada mudou

Esse e outros posts podem ser lidos no site EhFutebol

Vou ser breve, porque o assunto não é novo.

Os times catarinenses enfim passaram por uma rodada do Brasileirão sem perder. Motivo para comemorar? Até pode ser, mas com moderação.

Os problemas continuam exatamente os mesmos. Resumindo, falta de qualidade crônica nos elencos. Não adianta achar que porque o Figueirense desencalhou finalmente com uma vitória que o mundo viu, porque foi sobre o Corinthians na inauguração do estádio da abertura da Copa, que todos os problemas do clube acabaram.

O mesmo se aplica a Criciúma e Chapecoense, que conseguiram bons empates.

Se todos acharem que agora vai e que está tudo certo, até vamos ganhar alguns jogos ali, outros aqui. Mas dificilmente vamos escapar do rebaixamento em massa.

Pensem nisso, cartolas.

SOS Santa Catarina no Brasileirão

Esse e outros posts também podem ser lidos no site EhFutebol

Chapecoense foi derrotada em casa pelo Grêmio e segue sem vencer na elite nacional. Foto: Divulgação ACF

Chapecoense foi derrotada em casa pelo Grêmio e segue sem vencer na elite nacional. Foto: Divulgação ACF

Não vou insistir, já falei aqui mais de uma vez que o problema dos times catarinenses é de falta de qualidade.

Neste fim de semana, o Figueirense perdeu a quarta seguida, nem sequer gols marcou ainda. A Chapecoense perdeu mais uma em casa. Pior ainda fez o Criciúma, que tomou uma vexatória goleada de 6×0 para o Botafogo.

Em comum, todos foram facilmente dominados. E pior, por clubes que estão longe de brigar pelas primeiras posições. Até por Libertadores, talvez só o Grêmio possa se considerar na briga.

A diferença técnica que vimos nos três jogos é assustadora. Ou melhor (ou pior), desanimadora. Os 3 estão na zona de rebaixamento, a única vitória foi do Tigre justamente sobre o Figueira. De resto, só desolação.

Sem uma mudança radical, o fiasco que se desenha só vai aumentar. E não adianta achar que o campeonato só está começando, por que o que deixa isso claro é a falta de qualidade dos times, a diferença de nível em relação aos adversários. Parecem de divisões diferentes.

E será que não são mesmo?

Deixo aqui a pergunta: será que a Série A é, como se diz por aí, “muita areia para o caminhãozinho do futebol catarinense”? Na Série B, temos dado as cartas nos últimos anos, e atualmente o JEC lidera com 100% de aproveitamento.

Será que é esse o habitat natural dos clubes de Santa Catarina?

Fica a dúvida. O tempo, e a atitude dos cartolas dos clubes, vão nos dizer quem tem a razão.

Figueira, Tigre e a cartilha do rebaixamento

Esse e outros posts podem ser lidos também no site EhFutebol

Wagner Lopes vai substituir Caio Júnior no Criciúma, que ainda não somou pontos no Brasileirão. Foto: Divulgação

Wagner Lopes vai substituir Caio Júnior no Criciúma, que ainda não somou pontos no Brasileirão. Foto: Divulgação

Duas rodadas, ruins, é bem verdade, e dois dos três clubes catarinenses da Série A já trocaram de treinador.

Erraram, na minha opinião. Se bem que os dois casos são um pouco diferentes.

No Criciúma, Caio Júnior não conseguiu fazer o time render desde o Catarinense, e aí talvez a leitura dos cartolas foi de que não dava para arriscar mais rodadas do Brasileirão, que podem e certamente irão fazer falta lá na frente. Se foi isso, compreensível. O erro aqui foi ter trocado, aparentemente, por algo pior, ainda que com perfil bem parecido. Com todo respeito ao Wagner Lopes, que tem uma história muito legal como jogador da seleção japonesa, é apenas um iniciante como treinador (o último trabalho até foi bom, no Botafogo-SP). E, convenhamos, não é hora de fazer testes. Em resumo, o Tigre fez uma aposta, que pode até dar certo. Mas o momento não foi apropriado.

No Figueirense, sim, a saída de Vinícius Eutrópio pegou a todos de surpresa por não fazer nenhum sentido. Pelo menos não dentro de campo. Com o treinador, o Figueira conquistou um acesso que parecia improvável no ano passado e há duas semanas foi campeão estadual. Ou seja, um aproveitamento excelente. Aí estreia no Brasileirão com duas derrotas fora de casa e não serve mais? Está muito claro que o problema do Figueirense para a Série A é elenco desqualificado. Precisa de reforços. Eutrópio, ao que tudo indica, não agradava dirigentes importantes, caiu por isso. Marcos Assunção, provavelmente em solidariedade, saiu também (não fará muita falta, a não ser nas faltas, com o perdão do trocadilho). É um jogador caro e que renderia pouco em um campeonato tão longo e difícil. Para o comando, o Figueirense trouxe Guto Ferreira (antes mesmo de comunicar Vinícius, segundo consta). Não é um treinador ruim, mas em relação ao antecessor, está abaixo. Ou seja, em um momento de acertar, o Figueira troca o certo pelo duvidoso.

Os dois começam errando além da conta na caminhada dura para se manter na elite. Até agora, parece que leram atentamente a famosa cartilha do rebaixamento.